Festa de Boas Vindas

Havia chegado a pouco tempo ao acampamento, era tudo tão estranho... a pouco tempo, tinha acordado ao lado de um pai que não conhecia, um dos médicos mais renomados de Nova York... descobri que minha mãe, havia me deixado com ele, com poucos dias de vida e que ele havia me dado para a adoção.

Abrindo mão de ver a filha crescer por sua carreira, ele estava no segundo ano de Medicina... meu p... Não consigo o chamar de pai, não depois de tudo que descobri... Ah uma coisa maravilhosa que tinha descoberto é que, perde minha memória, não lembro de nada nem ninguém, não lembro de minha vida antes de acorda naquele hospital, com Isaac a meu lado, sim meu pai se chama Isaac, Isaac Winchester.

Tentei parar de pensar por um segundo é fui para o banheiro, tomei um banho relaxante, e me troquei no banheiro mesmo, no chalé de Hermes, ninguém tinha muita privacidade, então era melhor me trocar no banheiro. Veste um vestido lilás, de um ombro só, com alças finas. Antes de veste o vestido totalmente, vi mais uma vez àquela tatuagem, Isaac disse que já a tinha, quando um casal de idosos me encontro, quase morta na beira de uma estrada.

Ela... me fazia sentir falta de algo, mais não consigo dizer o que ou lembra. Balanço a cabeça negativamente.

Término de subir meu vestido, coloco minha jaqueta de couro Preta, calço minhas botas de cano curto, e salto um pouco alto. Faço uma trança embutida em meus cabelos e a deixo de lado, faço uma maquiagem leve, mais que destaque meus olhos verdes e coloco um batom vermelho.

Respiro fundo e mordo o lábio, saiu do banheiro um pouco hesitante e dou graças por quase todos terem saído, para a festa de boas vindas.

Guardo minhas coisas e rumo para a festa. Ao chegar vejo uma tenda grande montada, mais a música pode ser ouvida de longe. Sorriu, e aquilo me anima, amo festas, deis de... Ai não sei, apenas adoro festas.

Vou até o bar e Pesso uma bebida ao sátiro vestido com um smoking. Prendo o riso.

Enquanto dançava bem estranho e escutava as respostas das meninas, meus olhos focaram em alguém e senti meu coração parar. Ao longe vi um rosto tão conhecido como meu próprio reflexo, ela vesta lilás e um casaco negro tão familiar. Fiquei perplexo e um turbilhão de emoções veio até minha mente, as memórias sempre paravam na mão dela soltando da minha no desfiladeiro e eu vendo ela sumir nas sombras.
- Meninas.... preciso falar com alguém, com licença.

Disse sorrindo forçado e correndo até a Emily, na verdade eu nem sabia o que falar e quanto mais me aproximava, mais eu tinha certeza de ser ela. Quando cheguei perto e a abracei forte e queria nunca mais soltar:
- Emily! Omega! Pelos deuses, você está viva... Eu... sinto muito...

Estava bebendo minha, bebida tranquilamente tinha um gosto de morangos e outra coisa que não soube descifra. Passo a língua pelos lábios e iria girar, para ir a pista de dança, quando sinto braços fortes em volta de minha cintura.

- Emily! Omega! Pelos deuses, você está viva... Eu... sinto muito...

Uma voz masculina, rouca e aveludada, coberta de preocupação, arrependimento e incredulidade chegou aos meus ouvidos.

Olhei, na verdade tentei, olha o garoto que me abraçava, mais ele era mais alto e minha cabeça estava em seu peito.

- Desculpe mais eu não te conheço. - Digo o mais calmamente possível que consegui, tentando me desvencilhar de seus braços fortes. De certa forma me sentia tão acolhida e como se lá fosse meu lugar favorito, mais aquilo era estranho, eu não o conhecia... ou conhecia?

Pergunto o olhando confusa e mordendo meu lábio inferior. Será mesmo que ele me conhecia ou estava apenas me confundindo?

A resposta dela foi como uma bala contra meu coração, depois de anos juntos sofrendo e passando por tudo que as ruas da América poderiam fazer, depois de eu acha que ela estava morta e agora dar de cara com ela... ela não podia ter se esquecido de mim.
- Claro que conhece, sou eu, Nathan, Alpha, lembra? Seu fiel companheiro de todas as venturas para sempre? Omega, Alpha? - Digo fitando a menina com meus olhos azuis incrédulso por ela não lembrar de mim.

Dou dois passos para trais e minhas costas batem contra o balcão, do sátiro/barman. O olho confusa, aquelas palavras fazem minha cabeça latejar. Nathan era um lindo nome, como o dono, balanço a cabeça negativamente.

- Claro que conhece, sou eu, Nathan, Alpha, lembra? Seu fiel companheiro de todas as venturas para sempre? Omega, Alpha?

Porque diabos se nós éramos tão companheiros eu Sou ômega? Ômega era os "pareas" da alcateia. Se nós éramos tão próximos, será que ele sabe como tudo aconteceu? Como perde a memória? Essas perguntas rondavam minha mente, mais não consegui a pronuncia-las.


- O que? Desculpe, mais não sei quem você é, não sei como te conhece, ou de onde te conheço, perde a memória, não faço ideia de quem você é... - Repito, e aquilo por algum motivo me machuca, algo me dizia que deveria lembra dele.

Observo a Emily repetir que não me conhece e só então sei que ela perdeu a memória. Aquilo sim foi um balde de água fria, igual o pote de gelo que caiu no sátiro com a batida da menina no balcão. Chego perto dela sabendo que ela não ia correr, quer dizer, mesmo sem memória sua intuição funcionava né? Estendo a mão, mas não para ela, levanto a barriga mostrando a lateral do meu corpo, havia um corte diagonal, só que abaixo um lobo negro sentado e uivando para cima.
- Alpha usa o lobo negro. Omega usa o lobo prata, juntos eles uivam para lua e sempre se ajudam. Isso faz sentido para você? Olhe sua barriga ou lembre dela que fará.

Arregalo meus olhos verdes, ao vê-lo subir a camisa.

- Você é louco? - Pergunto assustada, mais não pude conter ficar um pouco "desnortiada" com seu peito forte.

Balanço a cabeça negativamente. O que diabos estou pensando?

Pergunto corando e tentando me afasta, esse menino não fazia bem pra minha sanidade, já duvidosa.

Observo sua tatuagem e engulo em seco, mais não posso me conter e passar os dedos, por sua cicatriz a cima do lobo negro.

Sempre tive fascínio por lobos, um dos motivos que não pirei ao descobri minha tatuagem, Isaac queria que eu a apaga-se mais não pude, não queria.

Uma pequena dor surge em minha cabeça. Posso ver, alguma coisa, muito embasada, duas pessoas na frente de um caderno de tatuagens tentando escolher alguma. A menina bate as unhas pintadas, de azul, Marinho na imagem de dos lobos, que se denominavam, Alpha e Ômega.

Balanço a cabeça e a seguro entre as mãos, fecho os olhos com uma careta de dor.

Deu para ver a dor em seus olhos quando ela fez uma careta e segurou s cabeça. Eu aina estava quente pelo toque dela, a saudade dela era enorme e desde o acidente que para mim fora letal, eu me culpava pela morte da Emily. Baixei a camisa rapidamente e coloquei a mão em seu ombro:
- O que foi? Dor de cabeça? Venha, vamos sentar. - Disse pensando em guiar a menina pelo ombro até uns puffs.

Tento me desvencilhar de suas mãos, seu toque me causava arrepios, seu toque fazia um calor bom e aconchegante surgir em mim.

- Eu... eu estou bem...- Gaguejo.  - Não faço ideia de quem você é  Nathan. Não te conheço. - Afirmo, mais saiu sem convicção até para mim.

Minha mente estava um turbilhão, algo em mim dizia que podia confiar minha vida a ele, mais outro lado, meu lado racional, dizia que não deveria, eu não o conhecia.

- As vezes acontece... Quando fico muito nervosa, ou minhas emoções estão muito além do normal. - Digo mordendo o lábio. Precisava me sentar agora, por isso o segui até os Puffs. Mais ao chegar la e ver o lugar reservado, comecei a pensar se era mesmo uma boa ideia.

- Eu sei que a resposta do seu corpo é uma dor de cabeça e sei que se eu sentar agora você vai gritar comigo provavelmente para me afastar.... Por isso ficarei perto, só que não te incomodando.

Falei ficando de cócoras de frente para ela, eu queria evitar tudo, só que o toque era inevitável. Ela sempre fez isso comigo, quando eu estava mal por algo ou irritado pelas situações das ruas ela tocava no meu joelho e sorria largamente. Toquei seu joelho e sorri largamente.
- Só pergunte coisas sobre você que somente quem te conhece bem saberia. Por exemplo algumas cicatrizes que tem no corpo.... O motivo de eu saber por que ama lobos... Só pergunte.

- Eu sei que a resposta do seu corpo é uma dor de cabeça e sei que se eu sentar agora você vai gritar comigo provavelmente para me afastar.... Por isso ficarei perto, só que não te incomodando. - Ele disse se abaixando na minha frente e tocando meu joelho. Quis abraça-lo quando vi seu rosto, com aquela expressão, ele parecia não querer se afastar, mais iria, por mim.

Mais me contive, apertando as mãos em meu colo, tentando e brinco com o zíper de minha jaqueta, ela era maior que eu, e não sabia de quem era... apenas fui encontrada com ela... uma roupa de hospital, e marcas pelo corpo, além dos ferimentos recentes.

- Só pergunte coisas sobre você que somente quem te conhece bem saberia. Por exemplo algumas cicatrizes que tem no corpo.... O motivo de eu saber por que ama lobos... Só pergunte. - Continuo brincando com o zíper e levanto a cabeça ao ouvi-lo.

- Nem eu sei muito sobre mim Husky - Acabo soltando ao olhar para seus olhos, eles me lembravam os olhos tão azuis de um Husky e não pude conter chama-lo assim. Olho para baixo envergonhada e confusa. - O que nos éramos? - Pergunto o olhando e mordendo o lábio.

- Não existe uma definição correta para o que nós somos, não éramos. Somos um par, estamos juntos para tudo e todos. E se mexer no zíper assim ele vai travar perto do seu pescoço como acontecia comigo. Por isso eu sempre o usava entreaberto ou completamente aberto.

Disse rindo e levantando para pegar um copo com néctar diluído em mel, tomei o doce daquilo e tentava animar, ela pareca agora se soltar mais, algo havia tomado dela as lembranças de tudo que passamos e isso doía um pouco, só que o alívio dela estar viva era perfeito.
- Além disso, dentro do bolso direito interno tem um pingente com dois lobos juntos... Você tinha um... só que o perdeu alguns meses antes do acidente... o meu eu guardei por isso, por que você ficava se culpando. E como sei que vai ficar confusa com o que te falei, sei que vai mexer na ponta do seu cabelo nas costas, só para provar que mesmo confusa tem mais elasticidade que eu. - Falei gargalhando e voltando a ficar numa distância que eu tocava seus joelhos, mas não ficava tão perto.

- Não existe uma definição correta para o que nós somos, não éramos. Somos um par, estamos juntos para tudo e todos. E se mexer no zíper assim ele vai travar perto do seu pescoço como acontecia comigo. Por isso eu sempre o usava entreaberto ou completamente aberto. - O olho confusa e meus olhos se arregalam com suas palavras.

Paro de brincar com o zíper, eu sabia que isso acontecia, já aconteceu milhares de vezes comigo, sempre que estava confusa ela era o meu refúgio e meu anel, comecei a brincar com o pequeno anel de prata, simples entre os dedos.

Minha cabeça estava mais confusa que antes. Nos, tivemos algo, algo maior que o normal, não sei se éramos amigo a ou mais que isso.

- Além disso, dentro do bolso direito interno tem um pingente com dois lobos juntos... Você tinha um... só que o perdeu alguns meses antes do acidente... o meu eu guardei por isso, por que você ficava se culpando. E como sei que vai ficar confusa com o que te falei, sei que vai mexer na ponta do seu cabelo nas costas, só para provar que mesmo confusa tem mais elasticidade que eu. - Meus olhos se arregalam mais ainda é deixo meu anel cair.

Não esperava que ele soubesse algo assim. Algo tão simples, não pode me conter e enfiei a mão no bolso da jaqueta. Sabia que era verdade, na primeira vez que coloquei minhas mãos nos bolsos da jaqueta topei em algo. Esse pingente com dois lobos. O puxei delicadamente e encarei o pingente na Palma de minha mão.

Levantei os olhos para ele e não pude conter minha língua.

- Nos tínhamos uma amizade colorida? Estou confusa, você parece me conhecer mais que eu mesma. - Digo o olhando com os cílios franzidos e atenta.

Rapidamente eu estiquei o braço e busquei o anel que caíra no chão enquanto ela perguntava sobre amizade colorida. Sentei ao seu lado, não pude conter isso e dei risada com a pergunta dela, fiz um leve afago em seu ombro e beijei ali, depois falando:
- Sabe... quem deu essa definição fui eu uma vez, mas você disse que éramos um par... Mas se está perguntando se já rolou algo, algumas vezes sim...

Comentei pegando a mão dela devagar e não pude deixar de virar para ver seu pulso, havia uma marca de nascença ali que eu achava um charme enquanto ela achava feio. Dei um beijo em seu pulso e recoloquei o anel, olhando para a festa e sorrindo:
- Eu sei de você sim... já passamos por muita coisa... Mas eu sou um estranho para você ainda, eu sei disso também. E não vou ficar contando vantagem com isso... Mas pode ajudar você olhar as estrelas para lembrar... se quiser.

Todos os pelos de meu corpo se arrepiaram quando ele beijou meu ombro, queria sair dali e me afasta, não lembrava dele, e ele poderia esta mentindo pra mim, pelas marcas no meu corpo sabia que não tinha cido fácil a vida que não lembro e a dele também não, pela marca que vi. Uma grande parte de mim queria desesperadamente acreditar em suas palavras. Apesar do lado racional ser pequeno, ele estava ganhando.

- Sabe... quem deu essa definição fui eu uma vez, mas você disse que éramos um par... Mas se está perguntando se já rolou algo, algumas vezes sim...

Corei de um vermelho brilhante quando ele falou isso, abaixe a cabeça e morde o interior da bochecha. Queria perguntar se nós já... sabe... se nós já... Nao conseguia nem pensar, meu rosto continuava ainda mais vermelho com meu pensamento.

Mais também pensamentos nada puros surgiram em minha mente depois disso. Balancei a cabeça e morde o lábio, para conter essa pergunta.

Quando seus dedos longos tocaram os meus, finos e obviamente menores, minhas mãos tremeram um pouco.

O que diabos esse menino estava fazendo comigo? Isaac me chamava de dama de gelo e aqui estava eu, derretida como um sorvete nas mãos desse menino e ele não fez absolutamente nada de mais.

Seus lábios tocaram a minha marca de nascença e logo ele colocou o anel de volta. Onde ele beijou queimou e meu corpo estremese mais uma vez.

Puxei minha mão da sua corando como um pimentão. Isso não era justo, ele obviamente sabia como mexer comigo e não fazia a mínima ideia de como fazer com ele. Não lembrava dele e isso me assustava.

Ele já mexe assim comigo, sem lembra dele, imagine quando lembra.


- Eu sei de você sim... já passamos por muita coisa... Mas eu sou um estranho para você ainda, eu sei disso também. E não vou ficar contando vantagem com isso... Mas pode ajudar você olhar as estrelas para lembrar... se quiser.

Os olhos dele me lembram duas estrelas extremamente brilhantes e alegres, mais que guardam segredos obscuros, que alguns não suportariam.

- Quem me deu esse anel? -Pergunto sentando não pensa em outras perguntas sobre nós que rondava minha mente. Queria pergunta,o que aconteceu comigo. O que aconteceu para nós, nos separarmos, mais não queria força-lo esse assunto parecia doer nele. Apesar de querer saber, não queria magoa-lo.

- O anel.... Ele.... - Disse embargando um pouco a voz. não pude deixar de desviar os olhos para o lado e fitar o chão, outros puffs, enquanto tomava coragem para falar. Lembrava com detalhe a noite que eu ainda usava aquele anel no meu dedo mindinho por não caber em outro dedo e nossa conversa.
- Esse anel... era da minha mãe adotiva... ela me amava e eu gostava disso. Quando... ela morreu... ela jazia em meus braços e me deu o anel. Uma vez juntos você falou que era um peso muito grande para eu carregar comigo, que deveria dar a alguém que eu amasse de verdade e que eu me importasse. Eu dei a você....- Falei olhando para ela sorrindo sem jeito com o olhos molhados, eu não chorava nunca, só que aquilo mexeu comigo.- Desculpe eu não poder te segurar... por você ter caído... nem todos os socos e pontapés que recebi enquanto olhava aquela ribanceira, dos homens que nos seguiam, puderam me ferir mais do que ver você ir....

Quase sorri com seu embaraço ao começa a falar o porque me deu o anel, mais acho que estava mais envergonhada que ele. Mais meu corpo ficou tenso quando ele voltou a falar.

- Esse anel... era da minha mãe adotiva... ela me amava e eu gostava disso. Quando... ela morreu... ela jazia em meus braços e me deu o anel. Uma vez juntos você falou que era um peso muito grande para eu carregar comigo, que deveria dar a alguém que eu amasse de verdade e que eu me importasse. Eu dei a você...Desculpe eu não poder te segurar... por você ter caído... nem todos os socos e pontapés que recebi enquanto olhava aquela ribanceira, dos homens que nos seguiam, puderam me ferir mais do que ver você ir....

Pisquei surpresa e engole em seco. Mais nem um sentimento de raiva ou rancor dele surgiu em mim, apenas compreensão, tristeza e carinho.

Levei uma de minhas mãos até seu rosto e o acariciei.

- Você não teve culpa. Nem por sua mãe ou por mim. Estou viva, provavelmente um pouco mais anormal que antes, por alguma batida ocasional na cabeça. - Digo tentando anima-lo e beijo sua bochecha e volta a acaricia-la. - Conhece meu pai... - Digo tentando anima-lo um pouco e faze-lo para de se culpar um pouco. - Você não tem culpa e direi isso quantas vezes for necessário. - Digo olhando profundamente em seus olhos azuis.

- Eu sou teimoso, vai ter que dizer muito...- Falei rindo e olhando para ela, estava mais feliz cada vez que olhava para ela, como se não acreditasse na memória do passado e precisasse que o contato fosse no presente. - Eu... acho que devo a você mutias respostas, mas eu não sei nada sobre sue pai. Então pode fazer todas as perguntas que quiser que terei prazer de responder, Omega.

Sorriu de lado, em um impulso, tiro minha mão de seu rosto e a levo até seus cabelos e os acaricio.

- Eu também sou e não vou deixar você se culpar por algo que não teve culpa. - Digo o olhando nos olhos seria e determinada. Mordo o lábio. - Quis dizer que eu o conhece... - Deixo minhas mãos caírem de seu rosto e cabelo e brinco com o anel, novamente o rodando em meu dedo. - Ele foi o médico que cuidou de mim. - Faço uma careta, passo a língua pelos lábios e mordo novamente. A lembrança aqueles primeiros dias eram muito bordadas. Vivia entre a consciência e a inconsciência.

-- Quando nos conhecemos ambos não tínhamos família, Emy, então eu não sei muito sobre a sua. Na verdade nunca falamos disso, só acho coincidência demais o seu pai te achar exatamente depois desse acidente...
Digo engolindo em seco, só memso eu, que nunca tive família, para achar estranho a Emily ter um pai agora... Seria medo que isso a afastasse de mim, eu queria ser menos egoísta às vezes, como eu podia falar algo se causei a morte dela praticamente, deuses, como sou idiota. Eu pensei bastante antes de voltar a falar e toquei seu rosto.
- Desculpe... tem algo a perguntar?

O olho um pouco magoada e mordo o lábio mais uma vez.

- Se o casal que me encontro não tivesse me levado para o hospital que ele trabalhava... eu estaria realmente morta Nathan... - Digo baixinho brincando com minhas mãos e mordendo o lábio inferior.

- Eu sei que... Nao se senti bem por não ter conhecido seus pais... Mais pensei que ficaria feliz por mim... - Comecei mais parei, meus olhos se arregalaram em surpresa. Como diabos eu sabia disso? Engulo em seco. Olho para minhas botas confusa. - Eu não sei... é muita coisa... muita informação e muitas perguntas... alguns são embaraçosas de se fazer e além delas, vem muitas ao mesmo tempo.

- Não pense ao contrário, fico feliz por você... só que... eu sei... desculep por isso também.
Disse apoiando a cabeça em seu ombro e dou uma leve risada com o fato dela achar algumas coisas embaraçosas.
- Se não perguntar não vamos sair de onde estamos.

Não resisto a vontade e embrenhar minhas mãos em seus cabelos, começo a acariciar seus fios macios e curtos.

- Eu sei... de uma forma estranha eu confio em você, sei que não fez por mal. E confuso. Sinto que posso confiar minha vida a você, mais meu lado racional continua gritando que não te conheço e pode não ser seguro, confiar em você tão rapido. - Confeso e mordo o lábio mais uma vez. - Acho que aqui e melhor... o mundo real e ruim... na maior parte do tempo...

- O mundo real exige de você os limtes, passamos por várias provas disso e confiança se conquista aos poucos... por mais que seja estranho falar isso para você.
Falo curtindo o cafuné que ela fazia, rindo e de vez em quando me arrepiando.

DeVito os olhos e sorriu de leve.

- Eu sei... O mundo real e necessário pra nós torna fortes e monstra que a vida não é um conto de fadas. - Digo olhando para ele por alguns segundos e depois desvio os olhos corada. - Eu sei... Não costumo ouvir meu lado racional. - Digo e sem querer passo minhas unhas por sua nuca.